segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Teresa Fidalgo

Gang da Boca de Palhaço

Lojas Chinesas

Há algumas semanas atrás, numa loja de Chineses, em ÁGUEDA:
O pai deixou a filha à porta da loja (que decerto tinha alguma compra a fazer nesse estabelecimento), e aguardou por ela no estacionamento dentro do carro. Após bastante tempo de espera, resolveu entrar na loja à procura da sua filha, mas não a conseguia encontrar lá dentro. Questionou alguns funcionários da loja que afirmavam não a terem visto, teimou de tal forma que a filha tinha entrado para a loja, ao ponto de chamar a polícia, os polícias entraram e também não encontravam a jovem, até que por fim chamaram reforço de colegas com cães-polícia que através do seu faro conseguiram detectar a presença da jovem numa zona mais retirada da loja, dentro de um alçapão. A jovem já tinha o corpo marcado perto de alguns órgãos vitais e o destino dela seria: MORTA PARA TRÁFICO DE ÓRGÂOS.

RETAIL PARK, em AVEIRO:
O marido ficou a fumar um cigarro à porta da loja enquanto que a esposa entrou. Quando o marido após alguns minutos entrou à procura da esposa, também já não a viu. Após procurar por ela, esta também já estava amarrada nas traseiras da loja e o destino dela provavelmente seria o mesmo.

Agora, se entrarem numa loja dessas, tenham o cuidado de não irem sozinhos, pois facilita-lhes o trabalho. Isto não é brincadeira. P.F. divulguem ao maior número de pessoas possível.

O Lobisomem de St. Bonnet

Um dos mais famosos lobisomens foi o francês Gilles Garnier, que viveu no século XVI, e cujas vítimas eram principalmente crianças. Suas vítimas eram encontradas com as mesmas características. Corpos mutilados ou dilacerados, e partes do corpo comidas! Finalmente as autoridades resolveram tomar providências, e em 15 de setembro de 1573, foi o assinado um decreto. 
A caça ao lobo assassino foi instituída, mas ele não seria capturado logo! O Homem-Lobo de ST. Bonnet ai fez mais vítimas! Somente dois meses depois se conseguiu chegar perto do lobisomem quando aldeões escutaram gritos de uma criança seguidos pelos uivos de um lobo! Eles viram um homem fugindo, e ele foi reconhecido como Garnier! Quando outro menino desapareceu, organizou-se uma expedição à casa de Garnier! Gilles foi pego em flagrante, quando devorava mais uma vítima!
Garnier foi preso, juntamente com sua mulher, e confessou os crimes e disse que a esposa o ajudava a comer as vítimas. Finalmente, Gilles foi queimado vivo! Mas não seria o primeiro nem o último lobisomem da França! Muito terror ainda viria nos séculos subsequentes.

A bruxa Gwrach-y-rhibyn

O significado do nome Gwrach-y-rhibyn, literalmente é "Bruxa da Bruma" mas o termo mais comun é "Bruxa da Baba". Dizem que se parece com uma velha horrorosa, toda desgrenhada, de nariz arrebitado, olhos penetrantes e dentes semelhantes a presas.
De braços compridos e dedos com longas garras, tem na corcunda duas asas negras escamosas, coriáceas como a de um morcego. Por mais diferente que ela seja da adorável banshee irlandesa, a Bruxa da Baba do País de Gales lamenta e chora quando cumpre funções semelhantes, prevendo a morte.
Acredita-se que a medonha aparição sirva de emissária principalmente às antigas famílias galesas.
Alguns habitantes de Gales até dizem ter visto a cara dessa górgona; outros conhecem a velha agourenta apenas por marcas de garras nas janelas ou por um bater de asas, grandes demais para pertencer a um pássaro. Uma antiga família que teria sido assombrada pela Gwrach-y-rhibyn foi a dos Stardling, do sul de Gales.
 Por setecentos anos, até meados do século XVIII, os Stardling ocuparam o Castelo de São Donato, no litoral de Glamorgan.
A família acabou por perder a propriedade, mas parece que a Bruxa da Baba continuou associando São Donato aos Stardling. Uma noite, um hóspede do Castelo acordou com o som de uma mulher lamuriando-se e gemendo por baixo da sua janela.
Olhou para fora, mas a escuridão envolvia tudo. Em seguida ouviu o bater de asas imensas.
Os misteriosos sons assustaram tanto o visitante que este voltou para cama, não sem antes acender uma lâmpada que ficaria acesa até o amanhecer.
Na manhã seguinte, indagando se mais alguém havia ouvido tais barulhos, a sua anfitriã confirmou os sons e disse que seriam de uma Gwrach-y-rhibyn que os estava avisando de uma morte na família Stardling.
Mesmo sem haver um membro da família morando mais no casarão, a velha bruxa continuava a visitar a casa que um dia pertencera aos Stardling.
Naquele mesmo dia, ficou sabendo-se que o último descendente direto da família estava morto. Curioso, não vos parece...?

A lenda de Bloody Mary

Em 1978, o especialista em folclores, Janet Langlois, publicou nos Estados Unidos uma lenda que até hoje aterroriza os jovens do mundo inteiro, principalmente da América. Trata-se de Bloody Mary, conhecida também como A Bruxa do Espelho, um espírito vingativo que surge quando uma jovem, envolta em seu cobertor, sussurra, à meia-noite, iluminado por velas. diante do espelho da casa de banho banho, 3 vezes as palavras Bloody Mary.
Segundo a lenda, o espírito de uma mulher cadavérica surge refletido no espelho e mata de forma sangrenta e violenta as pessoas que estão na casa de banho. Há quem diga que Mary foi executada há cem anos atrás por praticar as artes negras, mas há também uma história mais recente envolvendo uma bela e extremamente vaidosa adulescente que, devido a um terrível acidente de automóvel, ficou com a face completamente desfigurada. Sofrendo muito preconceito, principalmente de seus amigos e familiares, ela decidiu vender a alma ao diabo pela chance de se vingar dos jovens que cultivam a aparência.
Muitos confundem a lenda da bruxa do espelho com a história da Rainha Maria Tudor (Greenwich 1516 - Londres 1558), filha de Henrique VIII e de Catarina de Aragão. Tendo se tornado rainha em 1553, esforçou-se para restabelecer o catolicismo na Inglaterra. Suas perseguições contra os protestantes valeram-lhe o cognome "Maria, a Sanguinária" (Bloody Mary).
 Em 1554, desposou Filipe II da Espanha. Essa união, que indignou a opinião pública inglesa, ocasionou uma guerra desastrosa com a França, que levou à perda de Calais (1558). Dizem que a Rainha, para manter a beleza, tomava banho com sangue de jovens garotas, mas é um fato não confirmado em sua biografia. No princípio da década de 70, muitos jovens tentaram realizar o ritual pois era comum nas casas suburbanas a presença de longos espelhos nas casas de banho banho sem janelas (pouca iluminação). Há um caso famoso de uma jovem nova-iorquina que dizia não acreditar na lenda, mas após realizar a "mórbida brincadeira", levou um empurrão (é o que os familiares dizem), quebrou o lavatório e foi encontrada em estado de coma.
A jovem ainda vive nos EUA, mas sua identidade é um sigilo absoluto. Por que ainda hoje as crianças racionais continuam a chamar pela Bloody Mary, arriscando a vida diante de uma possível tragédia? O escritor Gail de Vos traz-nos uma explicação: "As crianças com idade entre 9 e 12 anos vivem numa fase que os psicólogos chamam de síndrome de Robinson. Este é o período em que as crianças precisam satisfazer seus desejos por aventura, arriscando-se em rituais, jogos e em brincadeiras no escuro. Eles estão constantemente procurando um modo seguro de extrair prazer e desafiar seus medos.
É possível que essas crenças em bruxas do espelho tenham a sua origem nos velhos tempos, através das simpatias envolvendo jovens solteiras e futuros maridos. Há muitas variações desses rituais em que as jovens solteiras cantavam rimas diante dos espelhos e olhavam de súbito pois seria possível ver o reflexo do homem com quem vão casar. Já o conceito de espelhos como o portal entre o mundo da realidade e o sobrenatural também veio de épocas remotas. Antigamente, era comum cobrir os espelhos de uma casa em que uma morte tenha acontecido até o corpo ser levado para o enterro. Dizem que se por relance o corpo passar diante de algum espelho, o morto permaneceria na casa, pois o espelho apoderar-se-ia do seu espírito.
Filmes: Na produção de 1992 chamada Candyman, um espírito vingativo surge após seu nome ser chamado 5 vezes diante de um espelho. Já no filme Lenda Urbana, dois jovens brincam diante de um espelho e chamam pela Bloody Mary, mas ela não aparece.

Sexta-feira 13

Sexta-feira 13 ou seja, uma Sexta-feira no dia 13, é considerada popularmente como um dia de azar.
Pensa-se que esta superstição poderá ter tido origem no dia 13 de Outubro de 1307, Sexta-feira, quando a Ordem dos Templários foi declarada ilegal pelo rei Filipe IV de França e os seus membros foram presos simultaneamente em todo o país. Alguns deles foram ainda torturados e mais tarde, executados por heresia.


Existem também versões que provêm de duas lendas da mitologia nórdica. 
Na primeira delas, conta-se que houve um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser convidado e originou desacatos que terminaram com a morte de Balder, o favorito dos deuses.
 Daí nasceu a crença de que convidar 13 pessoas para um jantar acabaria em desgraça.
Numa outra história, a deusa do amor e da beleza era Friga. Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, Friga foi transformada em bruxa. Como vingança, ela passou a reunir-se todas as sextas com o Demónio e outras 11 bruxas. Os 13 juntos rogavam pragas aos humanos.Outras possibilidades para esta crença têm origem no Cristianismo.
Uma delas prende-se com o facto de que Jesus Cristo foi supostamente morto numa Sexta-feira treze, uma vez que no calendário hebraico a Páscoa judaica é celebrada no dia 14 do mês de Nissan.


Recorde-se ainda que segundo o Cristianismo, na Última Ceia sentaram-se à mesa treze pessoas, sendo que duas delas, Jesus e Judas Iscariotes, morreram em seguida, por mortes trágicas, Jesus por execução e Judas supostamente por suicídio.

Vampiros

Existem lendas de vampiros desde 125aC, quando ocorreu uma das principais histórias conhecidas de vampiros. Foi uma lenda grega. Na verdade pode-se afirmar que esse tenha sido o primeiro registro por escrito, pois as origens do mito se perdem séculos e séculos atrás quando a tradição oral prevalecia. Lendas sobre vampiros se originaram no oriente e viajaram para o ocidente através da Rota da Seda para o Mediterrâneo. De lá, elas se espalharam por terras eslavas e pelas montanhas dos Carpathos. Os eslavos têm as lendas mais ricas sobre vampiros. Elas estavam originariamente mais associadas aos iranianos e à partir do século VIII é que se espalharam por terras eslavas. Quase na mesma época em que essas histórias começaram a se difundir, iniciou-se o processo de cristianização da região, e as lendas de vampiros sobreviveram como mitos muitas vezes associados ao cristianismo.
Mais tarde, os ciganos migraram para o oeste pelo norte da Índia (onde também existem um certo número de lendas sobre vampiros), e seus mitos se confundiram com os mitos dos eslavos. Os ciganos chegaram na Transilvânia pouco tempo depois de Vlad Dracula nascer em 1431. O vampiro aqui era um fantasma de uma pessoa morta, que na maioria dos casos fora uma bruxa, um mago, ou um suicida.
Vampiros eram criaturas temidas, porque matavam pessoas ao mesmo tempo em que se pareciam com elas. A única diferença era que eles não possuíam sombra, nem se refletiam em espelhos. Além disso podiam mudar sua forma para a de um morcego, os tornavam difíceis de capturar e bastante perigosos. Durante a luz do dia dormiam em seus caixões, para à noite beber sangue humano, já que os raios eram letais para eles. O método mais comum era, pela meia noite, voar por uma janela na forma de um morcego e morder a vítima no pescoço de forma que seu sangue fosse totalmente sugado. Os vampiros não podiam entrar numa casa se não fossem convidados.
Mas uma vez que eram poderiam retornar quando bem entendessem. Os vampiros eslavos não eram perigosos somente porque matavam pessoas, (muitos seres humanos também o faziam ) mas também porque suas vítimas, depois de morrerem, também se transformavam em vampiros. A característica mais temida dos vampiros era o fato deles serem praticamente imortais. Apenas alguns ritos podiam matar um vampiro como por exemplo: transpassar seu coração com uma estaca, decaptá-lo ou queimar seu sangue. Esse tipo de vampiro também é o mais conhecido, por ter sido imortalizado na figura do mais famoso vampiro de todos os tempos, o Conde Drácula, de Bram Stoker.

Vampiros

O vampiro é um personagem muito comum na literatura de horror e mitologia, existindo tantas versões do seu mito quanto existem usos desse conceito.Um vampiro nunca poderá sair a luz do dia sem um anel de lápis-lazuli. Segundo a lenda, vampiro é um ente mitológico que se alimenta de sangue humano. Alguns pontos em comum são o facto de ele precisar de sangue (preferencialmente humano) para sobreviver, de se transformar em morcego e de poder ser mortos por uma estaca no coração. Segundo a lenda, os vampiros podem controlar animais daninhos e noturnos, podem desaparecer numa névoa e possuem um poder de sedução muito forte. Formas de combatê-los incluiriam o uso de objetos com valor sagrado tais como hóstia consagrada, rosários, metais consagrados, alhos, água benta, etc.
Histórias sobre vampiros são bastante antigas e aparecem na mitologia de muitos países, principalmente dos da Europa e do Médio Oriente, na mitologia da Suméria e Mesopotâmia, onde surge como filho de Lilith, se confundindo com Incubus. Contudo as referências mais antigas a seres vampíricos vêm do Antigo Egipto, destacando-se nesta mitologia a sanguinária Sekhmet e o Khonsu do Pre-Dinástico, como é bem visível na tradição vampírica da Aset Ka.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Vampiros

Sangue, imortalidade, pele fria, hábitos noturnos, tudo isso caracteriza os vampiros, seres inumanos que surgiram durante a idade média em lendas que na verdade até hoje são um mistério, pois não se sabe se pode ou não existir, é fantasioso, mas mesmo assim é intrigante.
As lendas sobre vampiros mais famosas são as que tratam do Conde Vlad Draculia, ou Dracula, ou apenas Dracullia, o conde que renegou a Deus depois da morte da mulher e bebeu o sangue dos inimigos que mataram seu pai, se assim se tornou um ser das trevas.
Até hoje as lendas sobre vampiros geram historias, livros, filmes e muitos outros tipos de mídia como é o caso do atual e famosos best-seller Crepúsculo que trata do amor de um jovem vampiro por uma humana. Novelas como Vamp e O beijo do vampiro também tratavam sobre esse ser das trevas que bota medo em qualquer um.

Superstições sobre Alimentos

Sal: Entornar sal na mesa em que se esta tomando uma refeição, dá grande azar.
Pão: Quando o pão cai no chão, deve ser beijado por quem o deixou caír, porque está lá Nosso Senhor e assim não faltará comida ao incauto.
Queijo: Comer muito queijo tira a memória
Pão: Em tempos antigos,  a padeira ao amassar o pão desenhava 3 cruzes na massa e rezava, de forma a purificar o pao
Pão: O pão não deve ser colocado na mesa virado para baixo, porque traz azar.
Sal: Deixar um copo de vidro cheio de sal grosso no canto da sala, traz sorte.
Agua: derramar água na mesa do almoço ou jantar festivos atrai felicidade para os donos da casa.  
Sal:  colocar sal no fogo faz com que a visita indesejável se vá embora.

Superstições sobre gatos

 Sobre gatos na Europa: Cruzar com um gato negro, dá azar.Sobre gatos nos Estados Unidos da América: Ver um gato branco à noite dá azar, mas sonhar com um gato branco traz sorte.Sobre gatos na Escócia: O aparecimento de um gato preto na sua varanda vai trazer-lhe prosperidade.
Sobre gatos em Itália: O espirro de um gato é bom presságio para todos aqueles que o ouvirem.
Gato Preto- Na idade média, acreditava-se que os gatos eram bruxas transformadas em animais. Por isso a tradição diz que cruzar com gato preto é azar na certa. Os místicos, no entanto, têm outra versão. Quando um gato preto entra em casa é sinal de dinheiro chegando.

Superstições sobre Bruxas


A criança que chorar três vezes no ventre da mãe ficará fadada com poderes sobrenaturais e será  bruxa.
A criança que nasce com o véu (placenta), sobre a sua cabeça, é bruxa ou vampira
Quando se passa por alguém que se julgue com poderes de bruxaria, devem cruzar-se os dedos indicador e médio.
Se chove e faz sol estão as bruxas a pentear-se.
Depois da meia-noite é perigoso passar por um cruzamento: é lugar de encontro de bruxas e lobisomens.
Para fazer fugir uma bruxa cruzam-se os dedos de uma das mãos e diz-se:
-Tu és ferro
Eu sou aço
Tu és o diabo
E eu te embaço.

Nas encruzilhadas, os cruzeiros e as cruzes afugentam os demónios, as bruxas e outras assombrações.

A menina do Vale Paraíso

Antigamente havia ali uma estação de autocarros da Eva.
Contam as pessoas que morava uma família ali numa casa, junto à estrada, que há ali duas ou três casas que são mesmo ali à beira da estrada, portanto do lado direito, e nessa família havia uma rapariga assim por volta dos 18 anos. Um dia essa família teve um acidente trágico, uma coisa horrível na estrada nacional 125, onde os três perderam a vida (pai, mãe e filha). Então a casa ficou entregue a uma pessoa de família, que como obviamente a casa lhe trazia más recordações, devido à família que tinha perdido, e queria-se desfazer da casa. E por acaso surgiu uma proposta da Eva, que tinham a estação de autocarros ali perto, e que queriam fazer daquela casa, já que se encontrava desabitada, para os motoristas dormirem quando vêm daquelas viagens longas. Mas as pessoas ali da zona diziam que ninguém queria comprar aquela casa porque a casa estava assombrada, ouvia-se dizer que se ouviam gritos à noite e não sei que mais. Mas os senhores da Eva não ligaram, foram lá ver a casa, até era barata e perto da estação, e lá compraram a casa.
 E diz-se que quando andaram lá nas mudanças não se ouviu nada, mas na primeira noite em que os senhores foram para lá, o quarto da rapariga era uma coisa horripilante, ouviam gritos e pancadas nas paredes, tudo quanto houvesse ali de mobílias ia tudo para o chão, partia-se tudo e que se ouvia os gritos dela de sofrimento e dizia-se que era os gritos dela no momento do acidente. Ela dizia para as pessoas saírem dali daquela casa, eles não ligaram ao que ela dizia, também ninguém acreditava neles e todos os dias ela aparecia. Ninguém sabe se é mesmo verdade, mas o que é facto é que mesmo passados muitos anos,  ainda não se vendeu a casa, a casa está lá desabitada e nunca foi para lá ninguém morar.

A lenda do fantasma que pede boleia

Ouve-se contar, que a rapariga estava na KADOC, e que alguém passava por ela e que lhe tocava e sentia-a gelada. E então por simpatia, ou por querer meter conversa, chegavam-lhe a oferecer o blusão, e ela ao princípio dizia que não queria aceitar mas depois acabava por aceitar que lhe emprestassem o blusão, e dava a morada dela para irem buscar o blusão a casa.
No dia a seguir, o rapaz chegava a ir lá à porta, batia à casa dela, batia à porta, e atendia a mãe e ele dizia que tinha estado com a filha da senhora na noite anterior e que lhe tinha emprestado o blusão, e que vinha para vir buscar o blusão, ao que a mãe respondia que a filha tinha morrido há um ano, há dois, há três conforme o tempo que tivesse passado, e que não tinha blusão nenhum. Chegava-lhe a ir mostrar o quarto com as coisitas todas conforme ela tinha deixado, e acabavam por ir ao cemitério e o blusão estava em cima da campa no cemitério em Quarteira.

Lenda do Almocreve de Estói

O almocreve José Coimbra, conhecido também por Ti Zé da Serra, percorria habitualmente, com o seu burrinho, os caminhos do Algarve. Um dia ao passar junto das ruínas de Milreu, perto de Estói, encontrou uma bela moura encantada vestida com um manto de princesa que lhe sorriu. Fascinado, seguiu a moura até que ela chegou a um sítio onde bateu com o pé no chão três vezes e um alçapão se abriu. Desceram ambos por uma escadaria de mármore até uma sala enorme revestida a ouro onde a moura o deixou só por um instante antes de surgir acompanhada por um leão e uma serpente, seus irmãos encantados.
 A bela moura prometeu-lhe o palácio e todo o seu ouro se ele quebrasse o encanto: teria que ser três vezes engolido e vomitado pelo leão e três vezes abraçado pela serpente. O corpo do almocreve ficaria em chaga e finalmente a moura o beijaria na fronte para lhe retirar os santos óleos do baptismo. O almocreve pediu-lhe para pensar e a moura deixou-o partir com duas barras de ouro. José Coimbra voltou para casa e tentou esquecer o episódio, mas passado pouco tempo começou a empobrecer, ficando na mais absoluta miséria. Decidiu então vender as duas barras de ouro que tinha escondido, mas quando as olhou logo ficou cego. Como última esperança, resolveu consultar um especialista de olhos em Faro. Ao passar por Estói, apareceu-lhe a moura que o acusou de ter faltado à promessa de lhe dar uma resposta. A moura só lhe tinha poupado a vida porque ele nunca tinha revelado o segredo daquele encontro. O almocreve chorou sinceras lágrimas de arrependimento, comovendo a moura que decidiu perdoar-lhe e devolver-lhe a visão. Conta-se que o almocreve nunca mais voltou a passar por Estói, onde ainda hoje uma moura e os seus irmãos esperam por quem os queira desencantar

Lenda da Moura de Pêra

Numa povoação perto de Pêra, existe uma horta que tem um tanque e uma nora. Perto desse tanque estão enterrados, portanto, objectos muito valiosos. Conta-se, segundo essa senhora, que naquele mesmo lugar, já há algum tempo, um rei mouro encantou, em forma de serpente, uma filha sua e que deixou como guarda dessa serpente um carneiro.
Segundo o povo dali, das pessoas daquela zona, a causa do rei ter encantado a sua filha na forma de serpente, foi o facto de ela [se] ter negado a casar com um senhor mais idoso do que ela, e segundo consta, é irmão do seu pai, ou seja, era seu tio. O rei mouro ficou muito desgostoso da filha não lhe ter obedecido e, depois de a ter encantado na forma de serpente, lançou tipo um encanto que ela ia ficar naquela forma de serpente até que uma pessoa se lembrasse de apanhar um rouxinol que, desde aquele dia, fosse cantar, à noite, na noite da véspera de S. João, na árvore que se encontra em frente ao tanque. Desde esse encantamento da moura, tem cantado segundo os habitantes, um rouxinol todas aquelas noites nas árvores que estão em frente à horta.
Diz-se que o tio da moura encantada é o tal carneiro que a guarda o rouxinol é o namorado preferido pela moura. Logo no início, muitos rapazes tentaram apanhar o dito rouxinol, mas hoje em dia já ninguém acredita muito nesta história, dizem que nunca mais souberam nada da moura, mas que, no entanto, as pessoas ainda temem que essa moura apareça um dia.

Lenda das Três Gémeas

No tempo em que Silves pertencia aos Mouros, vinha o rei Mohamed a passear a cavalo quando encontrou um destacamento do seu exército que trazia reféns cristãos. Entre estes estava uma lindíssima jovem, sumptuosamente vestida, acompanhada da sua aia, filha de um nobre morto durante o saque ao seu castelo. Mohamed ordenou que a nobre dama fosse levada para o seu castelo, onde a rodeou de todas as atenções, e lhe pediu que abraçasse a fé de Maomé para se tornar sua mulher. A jovem chorou de desespero porque Mohamed não lhe era indiferente, mas a sua aia encontrou a solução: ambas renegariam a fé cristã apenas exteriormente para agradar ao rei mouro e possibilitar o casamento. Passado algum tempo, nasceram três gémeas a quem os astrólogos auspiciaram beleza, bondade e ternura, para além de inteligência, mas avisaram o rei que este deveria vigiá-las quando estas chegassem à idade de casar. O rei não as deveria confiar a ninguém. Passaram alguns anos e a sultana morreu, ficando a aia, que tinha tomado o nome árabe de Cadiga, a tomar conta das jovens. Quando estas eram adolescentes o rei levou-as para um castelo longe de tudo, onde havia apenas o mar por horizonte. As princesas tornaram-se mulheres, mas embora gémeas tinham personalidades muito diferentes. A mais velha era intrépida, curiosa, porte distinto e de olhar insinuante e profundo. A do meio era a mais bela, de uma singular beleza e apreciava tudo o que era belo, as jóias, as flores e os perfumes caros. A mais nova era a mais sensível. Tímida e doce, passava horas a olhar o mar sob o luar prateado ou o pôr-do-sol ardente.


Um dia, contra todas as indicações do rei aportou perto do castelo uma galera com reféns cristãos, entre os quais se salientavam três jovens belos, altivos e bem vestidos. Curiosas, as princesas perguntaram a Cadiga quem eram aqueles homens de aspecto tão diferente dos mouros. Cadiga respondeu-lhes que eram cristãos portugueses e contou às princesas tudo sobre o seu passado. Como as princesas começassem a ficar demasiado interessadas com os jovens cristãos, Cadiga pediu ao rei que levasse as filhas para junto de si, sem lhe explicar a razão. Cavalgavam as princesas com o rei e o seu séquito a caminho de Silves quando se cruzaram com os três cativos cristãos que não respeitaram a ordem de baixarem o olhar. As princesas quando os avistaram levantaram os véus e o rei, furioso, mandou castigar os cristãos insolentes. As princesas ficaram muito tristes mas conseguiram convencer Cadiga a arranjar maneira de se encontrarem com os jovens cristãos. A paixão violenta desencadeada por aquele encontro foi alegria de pouca dura. Os três cristãos foram resgatados pelo rei português e iriam embora em breve. As princesas dispuseram-se a segui-los e a converterem-se à fé cristã antes de casarem com os nobres cristãos. Cadiga rejubilava por conseguir resgatar para a fé que secretamente professava as filhas da sua ama. Foi então que a princesa mais nova se recusou a partir e a abandonar o pai. Ficou para trás e, conta a lenda, morreu de tristeza pouco tempo depois. A sua alma ainda hoje se lamenta e chora na torre do castelo nas noites sem luar.

A Moura do Castelo de Tavira

A noite de S. João é, desde tempos imemoriais, a noite das mouras encantadas. A tradição conta que no castelo de Tavira existe uma moura encantada que todos os anos aparece nessa noite para chorar o seu triste destino. Os mais antigos dizem que essa moura é a filha de Aben-Fabila, o governador mouro da cidade que desapareceu quando Tavira foi conquistada pelos cristãos, depois de encantar a sua filha. A intenção do mouro era voltar a reconquistar a cidade e assim resgatar a infeliz filha, mas nunca o conseguiu. Existe uma lenda que conta a história de uma grande paixão de um cavaleiro cristão, D. Ramiro, pela moura encantada. Foi precisamente numa noite de S. João que tudo aconteceu. Quando D. Ramiro avistou a moura nas ameias do castelo, impressionou-o tanto a sua extrema beleza como a infelicidade da sua condição. Perdidamente enamorado, resolveu subir ao castelo para a desencantar. A subida através dos muros da fortaleza não se revelou tarefa fácil e demorou tanto a subir que, entretanto, amanheceu e assim passou a hora de se poder realizar o desencanto. Diz o povo que a moura, mal rompeu a aurora, entrou em lágrimas para a nuvem que pairava por cima do castelo, enquanto D. Ramiro assistia sem nada poder fazer. A frustração do jovem cavaleiro foi tão grande que este se empenhou com grande fúria nas batalhas contra os Mouros. Conquistou, ao que dizem, um castelo, mas ficou sem moura para amar.

Algôs ou Algoz

A origem do nome da povoação de Algôs, e a sua respectiva grafia, divide as opiniões dos seus habitantes. Uns afirmam que o nome desta povoação, que já existia no tempo dos romanos, lhe foi atribuído por D. Fernando I, rei de Leão, quando ali passou a caminho de Silves. Um dos seus homens achou a povoação tão insignificante que nem valeria a pena que nela se demorassem, ao que o rei retorquiu: "Algo es!". E assim se ficou a chamar Algoes e depois Algôs.


Mas outros defendem a pés juntos uma outra versão. Quando a povoação era tão pequena que ainda não tinha nome, os seus habitantes não sabendo como lhe chamar resolveram fazer uma procissão para que Deus lhes desse inspiração. Como a imagem do santo que levavam no andor era do tamanho de um homem, houve uma vereda cujas árvores impediam a respectiva passagem. O dono das árvores opôs-se a que estas fossem cortadas. A discussão instalou-se e o pároco, para evitar confrontos, resolveu cortar a cabeça da imagem do santo para que a procissão prosseguisse. A população enfurecida contra o pároco resolveu chamar àquela povoação Algoz, que quer dizer carrasco, para que a ofensa contra o santo ficasse para sempre registada.

Lenda de Dona Branca ou da Tomada de Silves aos Mouros

Reinava em Silves o inteligente e corajoso rei mouro Ben-Afan que numa noite de tempestade, no intervalo das suas lutas contra os cristãos, teve um sonho extraordinário. Um sonho que começou por ser um pesadelo, com tempestades e vampiros, mas que se tornou numa visão de anjos, música e perfumes e terminou pelo rosto de uma mulher, divinamente bela, com uma cruz ao peito. No dia seguinte, Ben-Afan procurou a fada Alina, sua conselheira, que lhe revelou que tinha sido ela própria a enviar-lhe o sonho e que a sua vida iria mudar. Deu-lhe então dois ramos, um de flor de murta e outro de louro, significando respectivamente o amor e a glória. Consoante os ramos murchassem ou florissem assim o rei deveria seguir as respectivas indicações. Enviou-o ao Mosteiro de Lorvão e disse-lhe que lá o esperava aquela que o amor tinha escolhido para sua companheira: Branca, princesa de Portugal. Para entrar no mosteiro, Ben-Afan disfarçou-se de eremita e o primeiro olhar que trocou com a princesa uniu-os para sempre. O rei mouro voltou ao seu castelo e preparou os seus guerreiros para o rapto da princesa. Branca de Portugal e Ben-Afan viveram a sua paixão sem limites, esquecidos do mundo e do tempo. O ramo de murta mantinha-se viçoso, até que um dia D. Afonso III, pai de Branca, cercou a cidade de Silves e Ben-Afan morreu com glória na batalha que se seguiu. Nas suas mãos foram encontrados um ramo de murta murcho e um ramo de louro viçoso.

Lenda do Manto de Santo António

À entrada da vila de Monchique existe uma imagem de Santo António com um manto azul bordado a ouro que lhe foi oferecido por uma jovem em agradecimento por o santo lhe ter arranjado casamento. Mas a verdade é que este casamento não foi tão feliz como a jovem esperava. O marido tratava-a mal apesar da gravidez anunciada da mulher. Nasceu uma filha que cresceu entre discussões azedas até que aos oito anos a menina decidiu apelar para a bondade de Santo António pôr termo a tamanho martírio. Ajoelhou-se junto à sua imagem e prometendo-lhe que nunca lhe faltariam flores, a menina sentiu após algumas horas que alguém lhe batia no ombro. Um homem estranho e atraente perguntou-lhe porque estava ali e pediu-lhe algo para comer e um sítio para descansar. A menina levou-o para sua casa e enquanto que a mãe acolheu o visitante o pai resmungou pelo atrevimento da filha. O visitante dirigiu-lhe frases apaziguadoras, alertando-o para o facto de que estava a desperdiçar uma felicidade que estava perfeitamente ao seu alcance: a de viver em harmonia com a sua mulher e a sua filha. Como que encantado pelas palavras do visitante, o homem ajudou pela primeira vez a sua mulher a preparar a refeição e sentiu que iniciava nesse instante uma vida nova. Quando voltaram à sala, o estranho homem tinha desaparecido e no seu lugar estava uma pequena imagem de Santo António, semelhante à que se encontrava no nicho da vila. A notícia do milagre correu a aldeia e a partir daquele dia aquela casa encheu-se de felicidade e ao santo nunca mais faltaram as flores.

Lenda da Castelã Moura de Salir

A vila de Salir, no Algarve, deve o seu nome à filha do alcaide de Castalar, Aben-Fabilla, que fugiu quando viu o seu castelo ameaçado pelo exército de D. Afonso III. Antes de fugir, o alcaide enterrou todo o seu ouro, pensando vir mais tarde resgatá-lo. Quando os cristãos tomaram o castelo encontraram-no vazio, à excepção da linda filha do alcaide que rezava com fervor que tinha preferido ficar no castelo e morrer a "salir". De um monte vizinho, Aben-Fabilla avistou a filha cativa dos cristãos e com a mão direita traçou no espaço o signo de Saimão, enquanto proferia umas palavras misteriosas. Nesse momento, o cavaleiro D. Gonçalo Peres que falava com a moura viu-a transformar-se numa estátua de pedra. A notícia da moura encantada espalhou-se pelo castelo e um dia a estátua desapareceu. Em memória deste estranho fenómeno ficou aquela terra conhecida por Salir, em homenagem pela coragem de uma jovem moura. Ainda hoje no Algarve se diz que em certas noites a moura encantada aparece no castelo de Salir.

Lenda das Amendoeiras- Algarve

Há muito tempo, antes da independência de Portugal, quando o Algarve pertencia aos mouros, havia ali um rei mouro que desposara uma rapariga do norte da Europa, à qual davam o nome de Gilda.
Era encantadora essa criatura, a quem todos chamavam a "Bela do Norte", e por isso não admira que o rei, de tez cobreada, tão bravo e audaz na guerra, a quisesse para rainha.
Apesar das festas que houve nessa ocasião, uma tristeza se apoderou de Gilda. Nem os mais ricos presentes do esposo faziam nascer um sorriso naqueles lábios agora descorados: a "Bela do Norte" tinha saudades da sua terra.
O rei conseguiu, enfim, um dia, que Gilda, em pranto e soluços, lhe confessasse que toda a sua tristeza era devida a não ver os campos cobertos de neve, como na sua terra.
O grande temor de perder a esposa amada sugeriu, então, ao rei uma boa ideia. Deu ordem para que em todo o Algarve se fizessem plantações de amendoeiras, e no princípio da Primavera, já elas estavam todas cobertas de flores.


O bom rei, antevendo a alegria que Gilda havia de sentir, disse-lhe:
- Gilda, vinde comigo à varanda da torre mais alta do castelo e contemplareis um espectáculo encantador!
Logo que chegou ao alto da torre, a rainha bateu palmas e soltou gritos de alegria ao ver todas as terras cobertas por um manto branco, que julgou ser neve.
- Vede - disse-lhe o rei sorrindo - como Alá é amável convosco. Os vossos desejos estão cumpridos!
A rainha ficou tão contente que dentro em pouco estava completamente curada. A tristeza que a matava lentamente desapareceu, e Gilda sentia-se alegre e satisfeita junto do rei que a adorava. E, todos os anos, no início da Primavera, ela via do alto da torre, as amendoeiras cobertas de lindas flores brancas, que lhe lembravam os campos cobertos de neve, como na sua terra.